Friday, March 28, 2008

ANO NOVO, VIDA NOVA


2007 foi, do meu ponto de vista um annus horribilis, na vida da Pró Praia. Com a saída, por motivos profissionais, do Mário Aguiar do posto de Secretário Executivo da nossa associação, não perdemos o valoroso sócio que ele foi e continua a ser, mas perdemos um excelente elo de ligação entre a Direcção e os restantes sócios, e um catalizador de acções que têm de ser levadas a cabo, independentemente da disponibilidade de uns e de outros.

Contudo, não foi esse o único factor que explicou um certo amorfismo da PP. Não obstante várias participações nossas em encontros promovidos pelo Governo, CMP e outras instituições públicas e privadas, onde nunca nos coibimos de colocar sempre os nossos pontos de vista em cima da mesa; não obstante termos iniciado a tão desejada parceria com outras associações: Black Phanters da Várzea (a quem oferecemos a máquina de triturar vidro que a Enacol nos oferecera, pois achámos que ela daria melhor destino à mesma) e com as associações da Achada de S. António com as quais lançamos bases para futuras parcerias; não obstante termos denunciado um “anti-Praismo” primário com que certos desorientados dentro da TACV procuram gerir os destinos da companhia; não obstante termos participado em vários programas de rádio, em nome dos interesses da Praia; não obstante tudo isso, fizemos pouco, muito pouco. Ou melhor, poderíamos e deveríamos ter feito mais, muito mais!

Sempre que pedíamos a vários membros da PP, para apresentarem ou liderarem certos segmentos da nossa programação, a resposta foi sempre nula, com o argumento da falta de tempo, como se algum de nós estivesse a esbanjar tempo. As associações têm um carácter altruístico, sendo que os sócios procuram, sempre com sacrifícios pessoais, atingir objectivos nada lucrativos mas satisfatórios do ponto de vista colectivo. Ninguém pode ser obrigado a dar ou a fazer nada que não queira, mas deve agir em conformidade com a resolução que fez quando quis se tornar sócio.

Outrossim, várias empresas a quem nós solicitámos o patrocínio para levar a cabo jornadas culturais na Pracinha da reitoria da Uni CV, nos fecharam a porta. Felizmente, quando umas se fecham, outras se abrem. Temos o grato prazer de anunciar que a Shell e a Enacol já se prontificaram a ser parceiras da nossa associação, quotizando mensalmente e mostrando vontade em patrocinar outros projectos. Desta forma, pode ser que deixemos de contar com as quotas dos sócios, as quais, salvo raras excepções, nunca são pagas. O interessante é que os mais caloteiros são os mais críticos! Mal sabem eles que meses houve em que não tínhamos disponibilidade financeira nem para fazer face a despesas de pouco mais de mil escudos, tendo alguns membros da Direcção pago as despesas com dinheiro próprio.

Contudo, não iremos desesperançar, pois temos confiança que o quadro pode mudar neste ano, desde que todos procurem dar uma mãozinha de ajuda, uma vez ser este, um trabalho colectivo. Nenhuma associação deve ser presidencialista, no sentido de uma só pessoa ser o burro-de-carga, enquanto muitos outros ficam a assobiar para o ar, mas todos os sócios e amigos devem fazer um djunta mon, como forma de levarmos este barco – melhor Praia - a um bom porto. Venha daí essa energia e vamos dar uma nova vida a este novo ano. Todos nós, juntos!

João Gomes

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