A cidade da Praia vem sendo fustigada, com maior incidência nos meses de Julho e Agosto do corrente ano, com permanentes e prolongados cortes de energia eléctrica e escassez de água, sem que, no entanto, a ELECTRA dê mostras ter a situação sob controlo.
Aliás, convém recordar que o problema dos cortes sistemáticos de energia eléctrica e da falta de água durante verão já é recorrente, o que, para os praienses, revela uma total incapacidade da ELECTRA na gestão da produção, transporte e distribuição de energia e água na capital do país, bem ainda na elaboração de um plano de prevenção e/ou de emergência que a situação requer.
Com efeito, dias houve em que os cortes se prolongaram por quase 48 horas sem que os responsáveis da ELECTRA tivessem apresentado uma explicação convicente sobre o ocorrido, levando a população ao desespero devido à falta de energia e do precioso líquido.
O país e a sua capital já não aceitam passivamente a repetição deste cenário de carestia e colapso energético, que tem reflexos negativos na economia da capital para além de pôr à prova, perigosa e irresponsavelmente, os nervos da população.
Recorde-se as inúmeras manifestações de descontentamento, nomeadamente as reclamações e protestos dos cidadãos e de empresas instaladas na capital, em particular através dos meios de comunicação social. Tanto daqueles que têm visto os seus negócios comprometidos, amargando prejuízos sobre prejuízos, como do simples cidadão que é privado, durante largas horas, de uso de equipamentos indispensáveis para as lides domésticas, de opções de lazer dependentes de energia, da iluminação doméstica e pública (apenas para citar exemplos do dia-a-dia).
Sem entrar por ora em considerações sobre a política energética adoptada pelo Governo, da louvável iniciativa para a opção de introdução de energias alternativas ou ainda sobre os constrangimentos ligados à questão de produção, transporte, distribuição e perdas de energia e água na capital, por não ser este o meio e o momento apropriado para o efeito, a Pro-Praia, contudo, perante o actual estado de penúria de fornecimento desses bens à cidade da Praia, não pode deixar de manifestar a sua profunda insatisfação com o desempenho e compromisso da ELECTRA para com os praienses, que anseiam definitivamente por uma “luz no fundo do túnel”.
A população da Praia merece e exige mais respeito.
Cidade da Praia, aos 24 de Setembro de 2010
Pela Direcção da Pro-Praia
O Presidente
Alcides Oliveira
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